terça-feira, 23 de março de 2010

ADAM SMITH:FILOSOFIA

Quem foi

Adam Smith foi um importante filósofo e economista escocês do século XVIII. Nasceu na cidade escocesa de Kirkcaldy, em 5 de junho de 1723, e faleceu em Edimburgo no dia 17 de julho de 1790.

Teoria

Em plena época do Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção.

As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia européia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa.

A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.

A Riqueza das Nações

Sua principal obra foi A Riqueza das Nações escrita em 1776. Nesta obra Adam Smith buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. Fez também duras críticas a política mercantilista e sua intervenção irrestrita na economia. Porém, a teoria principal defendida por Adam Smith nesta obra é a de que o desenvolvimento e o bem estar de uma nação advém do crescimento econômico e da divisão do trabalho. Esta última, garante a redução dos custos de produção e a queda dos preços das mercadorias. Defende também a livre concorrência econômica e a acumulação de capital como fonte para o desenvolvimento econômico.

Biografia (principais momentos da vida de Adam Smith)

- Com 16 anos de idade, foi estudar filosofia moral na Universidade de Glasgow.
- Em 1740, entrou na Universidade de Oxford.
- Em 1748, começou a lecionar em Edimburgo.
- Em 1750, conheceu David Hume, importante filósofo do período que se tornou seu grande amigo.
- Em 1751, tornou-se professor de Lógica e Filosofia Moral na Universidade de Glasgow.
- Em 1759, publicou sua obra Teoria dos Sentimentos Morais.
- Em 1763, Adam Smith deixou de ser professor para assumir o cargo de tutor do duque de Buccleuch.
- Entre 1764 e 1766, viajou pela França onde conheceu grandes intelectuais da época, entre eles d’Alembert, Turgot e Helvetius.
- Em 1776, publicou sua grande obra: A Riqueza das Nações.
- Em 1778, recebeu o cargo de comissários da alfândega da Escócia.

Obras principais:

- Teoria dos sentimentos morais (1759)
- A Riqueza das Nações (1776)

Frases de Adam Smith

- "A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes."

- "Impostos que visem a prevenir, ou mesmo reduzir a importação, são evidentemente tão destrutivos das rendas alfandegárias quanto a liberdade de comércio."

- "No estágio adiantado da sociedade, portanto, são paupérrimas as pessoas que fazem comércio daquilo que os outros procuram como passatempo."

- "Nenhuma nação pode florescer e ser feliz enquanto grande parte de seus membros for formada de pobres e miseráveis."

- "Mas, mesmo que o trabalho seja a medida real do valor de troca de todas as mercadorias, não é por ele que seu valor é avaliado."

segunda-feira, 22 de março de 2010

Geográfia:Corrente Humboldt

A corrente de Humboldt ou corrente do Peru é uma corrente oceânica de superfície que percorre o oceano Pacífico. Foi assim denominada em homenagem ao naturalista alemão Alexander von Humboldt, que a descobriu e estudou.

Nascendo perto da Antártica, ela é fria, com uma temperatura aproximadamente 7 ou 8 °C inferior à temperatura média do oceano na mesma latitude. A corrente de Humboldt acompanha as costas do Chile e do Peru, na América do Sul. Ricas em plâncton, suas águas atraem muitos peixes.

Durante o fenômeno do El Niño, ela desaparece e deixa em seu lugar uma corrente quente, diminuindo o plâncton e aumentando as precipitações pluviométricas na costa sul-americana do Pacífico. Suas águas têm características diferentes das das águas oceânicas. Por terem outra temperatura, salinidade, coloração e densidade, elas não se misturam facilmente com as águas do mar por onde passam. A baixa temperatura impede a evaporação e deixa a umidade relativa do ar baixa.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_de_Humboldt"

quinta-feira, 18 de março de 2010

ROYalties :Geografia

Rio faz protesto pelos royalties do petróleo
A população do Rio de Janeiro sai às ruas para protestar contra emenda que altera a distribuição dos royalties do petróleo.

Renata Capucci - Rio de Janeiro
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Foi o próprio governador Sérgio Cabral quem convocou a manifestação. O governador e vários prefeitos decretaram ponto facultativo nesta tarde para que os servidores públicos possam comparecer.

A chuva atrapalha um pouco, mas a expectativa é reunir pelo menos cem mil pessoas participem do protesto, contra a proposta que segundo o governo do Rio tira da economia do estado cerca de sete bilhões de reais por ano dos royalties do petróleo. A medida também prejudica São Paulo e o Espírito Santo.

A passeata vai sair da igreja da Candelária, onde já começa a concentração e termina na Cinelândia, onde está programado um show com grupos de pagode, escolas de samba e vários artistas, atletas e políticos.

Vitamina D:Biologia

Vitamina D pode combater males que mais matam
Cientistas acompanharam mais de 30 mil pessoas durante um ano. E aqueles que aumentaram o nível da vitamina no organismo passaram a ter menos hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e infartos.

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Cientistas americanos divulgaram novos benefícios que a vitamina D pode trazer à saúde. O correspondente Rodrigo Bocardi conta, de Nova York.

Ela é encontrada em ovos, cereais, leite, peixes e faz um bem danado. A ciência já comprovou que com a vitamina D os ossos ficam mais fortes. E sem ela há indícios de que ficam maiores os riscos de câncer, diabetes, tuberculose e esclerose múltipla.

A novidade é que essa vitamina pode ajudar a evitar males que mais matam pessoas no mundo. Num estudo divulgado nesta segunda, cientistas americanos acompanharam mais de 30 mil pessoas durante um ano.

E aqueles que aumentaram o nível de vitamina D no organismo passaram a ter menos hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, infartos.

Além de ser ingerida, a vitamina D pode ser também produzida pelo nosso organismo quando entramos em contato com o sol. Não é o caso desta segunda, em Nova York, com o dia nublado. Mas ficar exposto aos raios solares para buscar a vitamina D é arriscado. Sem a devida proteção, podemos ter outros problemas, como câncer de pele.

A doutora Nieca Goldberg, da universidade de Nova York, recomenda aos pacientes com deficiência da vitamina o consumo de suplementos encontrados nas farmácias ou nos alimentos. Mas sempre com orientação médica.

Vitamina D demais provoca náusea, vômito, confusão mental. O melhor é, de vez em quando, fazer exames para ver como anda o nível da vitamina D no sangue. Até porque a medicina ainda não tem certeza de todos os benefícios da vitamina D.

"São estudos recentes, com resultados promissores", diz a médica. "Mas nós ainda não podemos dizer com certeza que esta é uma pílula mágica"

Cidade do cabo-História

Cidade do Cabo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Coordenadas: 33° 55' S 18° 25' E
Cidade do Cabo (Cape Town)

Vista do centro da Cidade do Cabo

Bandeira Brasão

Apelido: ""A cidade mãe""
Lema: "'Spes Bona
(do latim, Boa esperança)"
Localização da Cidade do Cabo na província de Cabo Ocidental, África do Sul.
Coordenadas 33°55′00″S, 18°25′″E
País África do Sul
Província Cabo Ocidental
Fundação 1652
Prefeito Helen Zille
Área
Cidade 2.454,72 km²
População
Cidade (2007) 3.497.097
Densidade 1.424,6/km²
[1]
Fuso horário SAST (UTC+2)
Website: [http://www.capetown.gov.za]
A Cidade do Cabo (inglês: Cape Town; africâner: Kaapstad; xhosa: iKapa) é a segunda maior cidade da África do Sul, fazendo parte do Município metropolitano da Cidade do Cabo. É a capital da província do Cabo Ocidental, bem como a capital legislativa da África do Sul, onde o Parlamento Nacional e muitos escritórios do governo estão localizados. A Cidade do Cabo é famosa pelo seu porto natural, incluindo os marcos bem conhecidos, como a Montanha da Mesa e Baía da Mesa, sendo um dos mais populares destinos turísticos do Sul Africano.[2]

Localizada na costa da Baía da Mesa, a Cidade do Cabo foi originalmente desenvolvida pela Companhia Holandesa das Índias Orientais como uma estação de abastecimento de navios holandeses que navegam para a África Oriental, Índia e o Extremo Oriente. Jan van Riebeeck chegou a região em 6 de Abril de 1652 e estabeleceu o primeiro assentamento europeu permanente na África do Sul. A Cidade do Cabo desenvolveu-se rapidamente, tornando-se o pólo econômico e cultural da Colónia do Cabo. Até a Febre do ouro de Witwatersrand, que resultou no desenvolvimento de Joanesburgo, a Cidade do Cabo era a maior cidade da África do Sul.

A cidade é um importante pólo comercial e industrial, tendo um dos principais portos do país. Sua economia é baseada nos setores de refinação de petróleo, automóveis, alimentar, químico, têxtil e construção naval. Em 2007 a cidade tinha uma população de 3,5 milhões de habitantes.[1] A área da Cidade do Cabo estende-se por 2.455 quilômetros quadrados, sendo maior do que outras cidades do Sul Africano, resultando em uma menor densidade populacional de 1.425 habitantes/km².[3]

Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
2.1 Clima
3 Demografia
4 Governo
4.1 Cidades irmãs
5 Economia
6 Infra-estrutura
6.1 Educação
6.2 Transportes
7 Cultura
7.1 Desporto
8 Referências
9 Ligações externas


[editar] História
Ver artigo principal: História da Cidade do Cabo

Pintura da chegada de Jan van Riebeeck na Baía da Mesa (por Charles Bell).Não existem muitos registos que confirmem, ou não, a ocupação humana da zona onde hoje em dia está a cidade antes da passagem de alguns navegadores Europeus pelo local, em meados do séc XV. Os indícios mais antigos foram encontrados nas Grutas de Peers, em Fish Hoek, que datam de cerca de 10 000 a.C..

Pouco se sabe sobre os primeiros habitantes devido à falta de documentos comprovativos desse facto. A primeira vez que a cidade é referida foi durante a Era do Descobrimentos; Bartolomeu Dias, um explorador português passou pelo local em 1486. Onze anos mais tarde, em 1497, outro explorador português, Vasco da Gama, também navegou perto do local. O contacto permanente com a Europa começou apenas em 1652, quando uma delegação da Companhia Holandesa das Índias Orientais, liderada por Jan van Riebeeck aí estableceu um porto marítimo de apoio às viagens para as Índias Orientais Neerlandesas. Nessa época a cidade cresceu lentamente, sobretudo devido à falta de mão-de-obra na zona; contudo, foram importados escravos da Indonésia e de Madagáscar para ajudar no desenvolvimento local.

Durante a Revolução Francesa e as Guerras Napoliónicas, a Holanda, país europeu que controlava a Cidade do Cabo, foi ocupada várias vezes pela França, deixando por isso a colónia africana desprotegida. O Reino Unido aproveitou a ocasião e ocupou o território em 1795. Contudo, um tratado assinado entre estes dois países determinou que a cidade voltaria para o comando holandês, em 1803. Apesar do acordo, três anos depois, em 1806, o Reino Unido voltou a invadir o local, ocupando-o definitivamente. Um tratado assinado em 1814 declarou que a Holanda cedia permanentemente a cidade ao domínio britânico. A partir desse momomento a Cidade do Cabo passou a ser a capital da Colónia do Cabo, território ultramarino do Reino Unido.

A descoberta de diamantes em Griqualand West em 1869, e em Witwatersrand Gold Rush em 1886, fez com que um grande fluxo imigratório surgisse para a África do Sul. Alguns conflitos entre as repúblicas Bôeres do interior do território e o Governo Colonial Britânico culminaram na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1901), a qual foi ganha pelos europeus. Em 1910, o Reino Unido estableceu a União Sul-Africana que uniu a Colónia do Cabo, as duas repúblicas Bôeres e a Colónia de Natal. A partir daí a Cidade do Cabo tornou-se na capital legislativa da República da África do Sul.


Prefeitura da Cidade do Cabo.Nas eleições de 1948, o National Party ganhou a plataforma do Apartheid (segregação racial). Este facto conduziu o país, e também a Cidade do Cabo, à determinação de zonas para brancos e outras para negros, fazendo desta forma a segregação racial. Alguns subúrbios multi-raciais da cidade foram a demolidos para que a acção do Apartheid fosse efectivamente cumprida. O exemplo mais flagrante desta medida foi no District Six; depois de ter sido declarado uma zona de apenas brancos em 1965, mais de 60 000 pessoas foram forçadas a mudar de residência.[4] Muitos desses residentes foram realojados nos planos do Cabo (Cape Flats, em inglês) e em Lavendar Hill.

A Cidade do Cabo foi a “casa” de muitos dos líderes de movimentos antiapartheid. Na ilha Robben, a 10 km da costa da cidade, estava edificada uma prisão para presos políticos onde estiveram em cativeiro alguns dos mais famosos activistas desses movimentos. Num dos mais famosos momentos que ditaram o final do Apartheid, Nelson Mandela fez o seu primeiro discurso público em décadas, no dia 11 de Fevereiro de 1990, da varanda principal do edifício da Câmara Municipal da Cidade do Cabo horas depois de ter sido libertado da prisão na ilha Robben. O seu discurso foi início de uma nova Era para o país, e as primeiras eleições livres foram levadas a cabo quatro anos depois, em 1994, no dia 27 de Abril.

Desde o ano das primeiras eleições livres que a cidade luta contra graves problemas de saúde pública tais como o VIH/SIDA ou a tuberculose. Os crimes violentos cresceram exponencialmente devido principalmente a problemas relacionados com drogas. Ao mesmo tempo que a insegurança aumenta e a saúde atravessa tempos difíceis, a economia teve um boom devido ao turismo ao desenvovimento do secto imobiliário.


Vista panorâmica actual da Cidade do Cabo.
[editar] Geografia

Imagem de satélite 3D da Península do Cabo.O centro da cidade está localizado no extremo Norte da Península do Cabo. A montanha da Mesa (Table Mountain, em inglês) forma uma enorme parede que protege a cidade dos ventos vindos do ocidente. O cume da montanha fica a mais de 1 000 metros de altitude; esta desenvolve-se em encostas quase verticais sobre a cidade. Os picos mais conhecidos da formação geológica são o Devil's Peak e Lion's Head. A península consiste nessa montanha, que cobre toda a zona leste, ligando o oceano Atlântico ao Cape Point. A grande maioria dos subúrbios da cidade estão situados nos planos do Cabo (Cape Flats, em inglês), sendo o istmo da península.

[editar] Clima
O clima da Cidade do Cabo é mediterrânico de Verões amenos (Csb), com as estações do ano bem definidas. O Inverno começa no mês de Junho e acaba em Setembro. Estes meses são frescos e húmidos, sendo que a temperatura média do mês mais frio durante esta época do ano é de 12,5 °C. O Verão começa em Dezembro e acaba em Março. Esta época do ano é amena e seca sendo a temperatura média do mês mais quente 21,5 °C.

[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Cidade do Cabo, África do Sul
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima registrada (°C) 39 38 42 39 34 30 29 32 33 37 40 35 42
Média da temperatura máxima (°C) 26 27 25 23 20 18 18 18 19 21 24 25 22
Média da temperatura mínima (°C) 16 16 14 12 9 8 7 8 9 11 13 15 11
Temperatura mínina registrada (°C) 7 6 5 2 1 -1 -1 0 1 2 4 6 -1
Precipitação (mm) 15 17 20 41 69 93 82 77 40 30 14 17 515
Fonte: weahersa [5] 4 de Junho de 2008.

[editar] Demografia

Distribuição geográfica de idiomas falados na Cidade do Cabo.De acordo com o Censo Sul Africano Nacional de 2001, a população da Cidade do Cabo é de 2.893.251 habitantes. Existem 759.767 famílias formais, das quais 87,4% têm banheiros, e 94,4% têm coleta de resíduos, pelo menos uma vez por semana. 80,1% das famílias utilizam a eletricidade como principal fonte de energia. 16,1% das famílias são chefiadas por uma pessoa.[6]

Pessoas consideradas "coradas" são responsáveis por 48,13% da população, seguidos pelos negros africanos com 31%, brancos 18,75%, asiáticos com 1,43%. 46,6% da população tem menos de 24 anos, ao passo que 5% têm mais de 65 anos. A média de idade na cidade é de 26 anos, e para cada 100 mulheres, há 92,4 homens. 19,4% dos moradores da cidade estão desempregados; 58,3% dos desempregados são negros, 38,1% são corados, 3,1% são brancos e 0,5% são asiáticos.[6]

41,4% dos moradores da Cidade do Cabo fala africâner em casa, 28,7% falam xhosa, 27,9% falam Inglês, falam Sotho 0,7%, 0,3% falam zulu, Tswana 0,1% falar e 0,7% da população fala um idioma não oficial em casa. 76,6% dos residentes são cristãos, 10,7% não têm religião, 9,7% são muçulmanos, 0,5% e 0,2% são judeus são hindus. 2,3% têm outras crenças ou indeterminado.[6]

4,2% dos residentes com idades compreendidas entre os 20 anos ou mais receberam nenhuma escolaridade, 11,8% tiveram alguma escola primária, apenas 7,1% tenham completado o ensino fundamental, 38,9% tiveram alguma formação escolar elevada; 25,4% tenham terminado o ensino médio e apenas 12,6% têm um ensino superior ao nível do liceu. Globalmente, 38,0% dos moradores tenham concluído o ensino médio. O rendimento médio anual de trabalhadores adultos com idades compreendidas entre os 20-65 anos em ZAR é 25.774. Homens têm um rendimento médio anual de 28.406 ZAR versus ZAR 22.265 para o feminino.[6]

[editar] Governo
Ver artigo principal: Município metropolitano da Cidade do Cabo

A Prefeitura da Cidade do Cabo, com a Montanha da Mesa como fundo.A Cidade do Cabo é governada por um conselho municipal composto por 210 membros, que responde perante um conselho executivo de 28 membros, que é por sua vez presidido por um gestor da cidade e por um presidente-executivo. A cidade está dividida em 105 círculos eleitorais. Cada círculo elege directamente um membro do conselho. Os outros 105 conselheiros são eleitos por um sistema de representação proporcional dos partidos. O presidente é escolhido pelo conselho municipal.

A prefeita atual é Helen Zille da Aliança Democrática. Nas últimas eleições municipais, em 2006, o partido vencedor arrecadou 90 dos 210 mandatos da Câmara Municipal, pouco à frente dos mais directos opositores, o Congresso Nacional Africano, que consiguiram 81 mandatos; contudo, como não houve nenhum partido a obter a maioria teve de se recorrer a uma segunda volta, na qual a Aliança Democrática reforçou o primeiro lugar somando mais um mandato aos 90 consiguidos na primeira volta.[7] O número de mandatos foi aumentado através de uma coligação com o partido Democratas Independentes; o número foi acrescido de 22 mandatos.

Antes da centralização do governo da região ter passado para a influência do governo da Cidade do Cabo, na chamada "Unicity" ( Unidade em português), o território estava dividido em seis administrações regionais; muitas das acções do actual modelo têm ainda de passar pela aprovação local, de acordo com a antiga organização administrativa. As ex-administrações regionais eram: a Cidade do Cabo ( esta englova a City Bowl, a vertente da cidade virada para o Atlântico, os subúrbios a sul da cidade, Pinelands, Langa e Mitchell's Plain), a Península do Sul ( incluía a Baía Hout, Wynberg, Constantia, Fish Hoek, Kommetjie, Noordhoeke Simon's Town), a região de Blaauwberg ( reunindo as zonas de Milnerton, Tableview e Bloubergstrand), Tygerberg (constituída por Durbanville, Bellville, Khayelitsha e a cidade homónima), Oostenberg (incluía Kraaifontein, Brackenfell, Kuilsrivier, Blue Downs e Eerste Rivier) e por fim Helderberg (englobava Somerset West, Strand e a Baía de Gordon).

[editar] Cidades irmãs
Alemanha - Aachen
Argentina - Buenos Aires
Portugal, Funchal
Estados Unidos - Galveston
Israel - Haifa
França - Nice
Rússia - São Petersburgo
Estados Unidos - São Francisco
[editar] Economia

Entrada principal do Cape Town International Convention Centre.A Cidade do Cabo é o centro econômico da província do Cabo Ocidental além de ser centro industrial da região. Tem também o principal porto e aeroporto do Cabo Ocidental. A grande presença governamental na cidade, tanto como a capital do Cabo Ocidental e da sede do Parlamento Nacional, levou a um aumento das receitas e ao crescimento das indústrias que atendem ao governo. A Cidade do Cabo acolhe muitas conferências, em particular no novo Cape Town International Convention Center, inaugurado em junho de 2003. A cidade tem se beneficiado recentemente de um boom no mercado imobiliário e de construção, por causa da Copa do Mundo FIFA de 2010.

A Cidade do Cabo tem quatro grandes pólos comerciais, como o Cape Town Central Business District contendo a maioria das oportunidades de emprego e escritórios, o Century City, o Bellville / TygerValley e o Claremont comercial onde estão estabelecidos muitos escritórios e sedes corporativas. A maior parte das empresas com sede na cidade são as companhias de seguros, grupos de varejo, editoras, design, designers de moda, companhias de navegação, empresas petroquímicas, arquitetos e agências publicitárias.


Área litorânea da Cidade do Cabo com a sede do banco ABSA ao fundo.Grande parte da produção é comercializada através do Porto da Cidade do Cabo ou pelo Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo. A maioria das grandes empresas de construção naval têm escritórios e indústrias locais na Cidade do Cabo.[8] A Província é também um centro de desenvolvimento da energia para o país, com a já existente estação de energia nuclear Koeberg que fornece energia para as necessidades do Cabo Ocidental. Recentemente, exploradores de petróleo já descobriram petróleo e gás natural ao largo da costa do Oceano Atlântico.[9]

O Cabo Ocidental é uma importante região turística na África do Sul; a indústria do turismo é responsável por 9,8% do PIB da província e emprega 9,6% dos trabalhadores da província. Em 2004, mais de 1,5 milhões de turistas internacionais visitaram a área.[10]

A indústria mineira na Cidade do Cabo foi crescendo durante os últimos 6 anos. 6.000 mineiros são agora empregados na indústria mineira desde 2002. A cidade foi recentemente nomeada como a cidade mais empreendedora da África do Sul.[11]

[editar] Infra-estrutura
[editar] Educação
As escolas públicas do ensino primário e secundário na Cidade do Cabo são administradas pelo Departamento de Educação do Cabo Ocidental. Este depertamento estadual é dividido em sete distritos; quatro desses são os distritos da "Metropole" – Metropole Central, North, South e East – que compreende várias áreas da cidade.[12] Há também muitas escolas particulares, religiosas e seculares, na Cidade do Cabo.

Ensino superior

O campus principal da Universidade da Cidade do Cabo.A Cidade do Cabo possui um sistema de ensino superior de universidades públicas bem desenvolvido. A cidade é servida por três universidades públicas: a Universidade da Cidade do Cabo (UCT), a Universidade do Cabo Ocidental (UWC) e a Universidade de Tecnologia da Península do Cabo (CPUT). A Universidade de Stellenbosch, apesar de não ficar na cidade, está a 50 quilômetros de City Bowl e possui campus adicionais, tais como a Faculdade Tygerberg de Ciências da Saúde e o Parque de Negócios Bellville, próximos à cidade.

Tanto a Universidade da Cidade do Cabo quanto a Universidade de Stellenbosch lideram na África do Sul. Isso se dá, em grande parte, devido às contribuições financeiras substanciais feitas a essas instituições pelos setores público e privado. A UCT é uma instituição anglófona. Possui mais de 21 mil estudantes e o programa MBA, que ficou no 51º lugar pela Financial Times, em 2006.[13] Desde que o Congresso Nacional Africano entrou no poder, alguns projetos de reestruturação da Universidade do Cabo Ocidental têm sido realizados e universidade tradicionalmente não-brancas viram suas condições financeiras melhoradas, o que beneficiou a Universidade do Cabo Ocidental.[14][15]

A Universidade de Tecnologia da Península do Cabo foi formada em 1 de janeiro de 2005, quando duas instituições – a Cape Technikon e a Peninsula Technikon – foram fundidas. A nova universidade oferece educação principalmente em inglês, embora o aluno possa cursar em qualquer uma das línguas oficiais da África do Sul.

[editar] Transportes
Aéreos
O Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo é a porta de entrada para a cidade tanto de vôos domésticos como internacionais. É o segundo maior aeroporto da África do Sul, a seguir ao de Joanesburgo, e é um dos principais pontos de chegada de passageiros destinados a toda a região do Cabo. A Cidade do Cabo tem vôos directos para a maior parte das grandes cidades do país, tal como para vários destinos internacionais.[16]

Desde Junho de 2006, que o Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo está a ser alvo de melhoramentos ao nível da capacidade de passageiros, devido ao facto de se esperar um crescente número de turistas para a zona, sobretudo devido à organização do mundial de Futebol em 2010.[17] As restruturações incluem a cosntrução e alargamento das zonas destinadas a estacionamento, um remodelado terminal para os vôos domésticos e um novo terminal para as partidas e chagadas de vôos internacionais. No que toca à capacidade de transporte de mercadorias, os armazens estão a ser aumentados, e junto destes, estão a ser edificados prédios de escritórios e também um hotel.

Marítimos
A Cidade do Cabo tem uma já longa tradição de transporte marítimo. O Porto da Cidade do Cabo, o porto marítimo mais importante da cidade, está localizado na Baía da Mesa, a norte do bairro comercial central. Essa estrutura serve de abrigo aos navios que navegam no Atlântico Sul: está localizado ao longo de um dos mais importantes corredores marítimos do Mundo. É também um dos mais movimentados cais de contentores do país, sendo que o mais importante fica na cidade de Durban. Em 2004, estiveram aí atracados 3 161 barcos e cerca de 9,2 milhões de toneladas de mercadorias[18]

Porto de Simon's Town, na baía Falsa é a base principal da Marinha sul aficana.

Ferroviário

Comboio Metrorail na estação de Kalk Bay.O Shosholoza Meyl é um dos principais serviços da Spoornet; opera as viagens ferroviárias de longa distância na África do Sul. Os principais destinos são Joanesburgo, via Kimberley (diário) e para Durban, via Kimberley, Bloemfontein e Pietermaritzburg (semanal). Estes comboios terminam o seu curso na Estação de Comcoios da Cidade do Cabo (Cape Town Railway Station), fazendo antes uma paragem em Bellville, já dentro da cidade.

Os comboios Metrorail são o serviço que explora o transporte ferroviário suburbano na Cidade do Cado e arredores; a rede consiste em 96 estações.

Rodoviário

A N2, também conhecida como Eastern Boulevard.Existem três estradas nacionais que começam na cidade. A N1 liga a Cidade do Cabo à fronteira com o Zimbabwe passsando por Bloemfontein, Joanesburgo e Pretória; a |N2 faz a junção com Port Elizabeth, East London terminando em Durban; por fim, a N7 liga a cidade à região do Cabo Setentrional seguindo curso até à fronteira com a Namíbia.


A M3 ao perto da Universidade da Cidade do Cabo.Há também na Cidade do Cabo um sistema de auto-estradas, que ligam diferentes partes da cidade. A M3 parte desde a N2 indo para sul, ao longo da montanha da Mesa, ligando-se a City Bowl a Muizenberg. A M5 começa na N1, e fica mais a este que a M3; liga os planos do Cabo (Cape Flats) ao CBD. A R300, popularmente denominada de Cape Flats Freeway (Auto-estrada dos Planos do Cabo, em português), liga a planície de Mitchells e Bellville com a N1 e a N2.

Autocarros
O serviço de autocarros na cidade é garantido pela Golden Arrow Bus Services. Tem um vasta rede de carreiras de autocarro que cobre a cidade e respectiva àrea metropolitana. Existem ainda algumas companhias que opera viagens de longa distância em autocarros partindo da Cidade do Cabo.

Táxis

Praça de táxis numa estação de comboio na cidade.Existem na cidade dois tipos de táxi: o táxi individual e o táxi colectivo (também chamado, no Brasil, de Microônibus). Ao contrário de muitas cidades, os táxis individuais não são autorizados a deambular pela cidade sem passageiros, pelo que devem ser chamados primeiro a um local específico.

O táxi colectivo (Teksi) é a forma mais comum de transporte das pessoas que não têm possibilidades de ter um automóvel.[19] Apesar de essenciais, estes veículos raramente são supervisionados, fazendo com que muitos estão em condições deploráveis. Estes táxis fazem várias paragens (que não estão marcadas previamente) para apanhar passageiros, facto que causa muitos acidentes.[20][21]

[editar] Cultura
[editar] Desporto
Clube Modalidade Liga Estádio
Ajax Cape Town Futebol Premier Soccer League Philippi Stadium
Cape Cobras Críquete Standard Bank Cup Series Newlands Cricket Ground
Santos Football Club Futebol Premier Soccer League Athlone Stadium
Stormers Râguebi Super 14 Newlands Stadium
Western Province Râguebi Currie Cup Newlands Stadium
Os desportos mais populares, e também mais praticados, na Cidade do Cabo são o críquete, futebol, natação e râguebi.[22] Os Stormers representam o Cabo Ocidental e o Boland na Super 14, competição de râguebi no hemisfério sul. Na cidade estão também sediados os Western Province, que actuam no Newlands Stadium, competem na Currie Cup. A seleção Sul-Africana de Râguebi actua pontualmente na cidade; durante o campeonato do Mundo de 1995, alguns jogos da fase de grupos e também uma das meia-finais foram jogados na Cidade do Cabo.

No que toca ao futebol, mais conhecido na África do Sul como soccer, existem duas equipas de relevo na cidade, que actuam na principal liga da modalidade no país, a Premier Soccer League (PSL). O Ajax Cape Town, formado em 1999 devido à fusão dos Seven Stars com os Cape Town Spurs; e ainda o Santos Football Club. A Cidade do Cabo irá receber vários jogos da fase final do Mundial de 2010, incluindo uma meia-final.[23] Um novo estádio de futebol para 70 mil espectadores está a ser construído em Green Point para a ocasião; o estádio chamar-se-á Green Point Stadium.

Relativamente ao críquete, os Cape Cobras representam a Cidade do Cabo e actuam no Newlands Cricket Ground. A equipa surgiu da fusão do Western Province Cricket com o Boland Cricket. Participa na Supersport e também na Standard Bank Cup Series.

À semelhança de muitas cidades no Mundo, também a Cidade do Cabo tem o sonho de albergar uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão. Em 1996, a cidade foi uma das cinco cidades finalistas para a organização do evento em 2004. Contudo, ficou em terceiro lugar, atrás de Atenas (Grécia), cidade vencedora, e Roma (Itália). Existem algumas fontes que afirmam que a cidade voltará a submeter uma candidatura olímpica para organização dos XXXII Jogos Olímpicos.[24]

domingo, 7 de março de 2010

Geografia:

Queima de canaviais vai ser proibida
Os boias-frias ainda são responsáveis por metade da colheita. Eles vão fazer cursos de mecânica, de operador de máquina e até de hotelaria porque para o corte manual não voltam mais.

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O interior do estado de São Paulo está vivendo um momento de ajuste. Dentro de pouco tempo, a queima dos canaviais vai ser proibida. Na reportagem de João Carlos Borda e Alexandre Sá, você vê as consequências que isso terá para o meio ambiente e para os trabalhadores da região também.

Um canavial em chamas não produz apenas um espetáculo assustador. A queimada também lança na atmosfera toneladas de gás carbônico. Sem o fogo é impossível para o homem fazer a colheita. As plantações são sempre infestadas de cobras e a folha da cana corta como navalha.

"As dificuldades restringem a quantidade de toneladas colhidas e, ao mesmo tempo, expõe o trabalhador a uma série de riscos", afirmou o diretor de usina Nelson Marinelli.

Mas isso tem prazo para acabar: 2017 em São Paulo, o principal estado produtor. O fim da queima é uma exigência internacional para o Brasil conseguir exportar álcool combustível. Os usineiros fizeram um acordo com a Secretaria de Meio Ambiente paulista e vão antecipar o prazo em três anos, para 2014.

Hoje, os boias-frias ainda são responsáveis por metade da colheita e o trabalho é duro. Um cortador chega a dar 10 mil golpes de facão por dia. Em média, cada um colhe 10 toneladas de cana em uma jornada de trabalho de sete horas.

Uma máquina colhe até cem vezes mais, cerca de 800 toneladas. Mesmo assim, o setor ainda emprega 140 mil cortadores. A associação que representa as indústrias do setor já começou um programa de requalificação em seis regiões do estado.

"Nós temos estudos que apontam que o setor tem condições de absorver, na expansão atual, cerca de 80 mil desses trabalhadores", explicou o representante da UNICA, Sérgio Prado.

Eles vão fazer cursos de mecânica, de operador de máquina e até de hotelaria porque para o corte manual não voltam mais.

"O corte da cana manual, futuramente, não vai existir mais. Então, você tem que se qualificar para outro tipo de serviço, outra profissão”, disse o cortador de cana Ailton Alves Ferreira.

A maior usina do mundo foi a pioneira no país em programas de aperfeiçoamento profissional. Cortadores que ganhavam R$ 1 mil por mês estão tendo uma surpresa: "Ele pode até dobrar o seu salário. Isso dá a ele uma ascensão interessante, uma qualidade de vida diferente", declarou o diretor agroindustrial Agenor Pavan.

Quem faz o curso, sai dos canaviais para serviços mais qualificados e fica muito satisfeito: "Me deu uma projeção de vida melhor e abriu horizontes até para buscar um pouco mais", contou o auxiliar de manutenção Wilson dos Santos.

A tecnologia que chega aos canaviais ainda é um grande desafio para quem há pouco tempo colhia cana a golpes de podão. Hoje, os ex-cortadores de cana têm nas mãos uma máquina que vale perto de R$ 1 milhão, tem ar-condicionado e é toda controlada por computador. Em vez de pedais, alavancas e joysticks. Na tela, toda a operação de colheita comandada com um simples toque.

Para operar uma máquina como essa, é preciso pelo menos dois anos de curso. Rogério Vieira não viu nela uma ameaça, mas a chance para mudar de vida. "É o sonho da pessoa, porque a gente está começando. Sempre sonha em chegar nesse porte que é operar uma uma colhedeira desse tamanho. Mas para isso, estudei bem", disse.

História

Hillary Clinton se reúne com Lula
A visita da secretária de Estado traz uma mensagem clara: os Estados Unidos querem que o Brasil mude de atitude e passe a apoiar os americanos para aprovar na ONU sanções contra o Irã.



A secretaria de Estado americana Hillary Clinton se reuniu, nesta quarta-feira, em Brasília, com políticos, o ministro das Relações Exteriores e o presidente Lula. O assunto principal das conversas foi o programa nuclear do Irã.

No encontro com parlamentares, Hillary Clinton disse que os Estados Unidos receberam sinais de que os objetivos do programa nuclear do Irã não são pacíficos e pediu a ajuda do Brasil.

A visita da secretária de Estado traz uma mensagem clara: os Estados Unidos querem que o Brasil mude de atitude e passe a apoiar os americanos para aprovar na ONU sanções contra o Irã.

O assunto também foi tema do encontro de Hillary com o ministro das Relações Exteriores. Celso Amorim disse que o Brasil acredita que ainda há espaço para negociação com o Irã, antes de atitudes mais duras no Conselho de Segurança da ONU.

“Não se trata do Brasil se recusar a se juntar a um consenso. Eu acho que cada país, como cada pessoa na vida, tem que pensar com sua própria cabeça, e nós pensamos com nossa própria cabeça”, declarou Amorim.

Hillary disse os Estados Unidos querem evitar que o Irã vire uma potência nuclear. Para ela, o Irã só vai aceitar negociar depois de sanções da ONU que isolem o país econômica e comercialmente. Em seguida, Hillary Clinton foi recebida pelo presidente Lula.



Mais cedo, antes do encontro com a secretária, Lula disse que é possível construir outro rumo para a questão iraniana. E fez um alerta: “Eu já disse ao presidente Obama que não é prudente encostar o Irã na parede. O que é prudente é estabelecer negociações. Eu já disse publicamente, eu quero para o Irã o mesmo que eu quero para o Brasil: utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos. Se o Irã tiver concordância com isso, o Irã terá o apoio do Brasil. Se o Irã quiser ir além disso, o Irã irá contra aquilo que está previsto na constituição brasileira e, portanto, nós não podemos concordar”.

Hillary Clinton desembarcou no início da noite em São Paulo. A secretária participa de uma entrevista com estudantes organizada pela TV Globo na Universidade Zumbi dos Palmares

Geografia:

Chávez pode ter cooperado com ETA e Farc
Uma investigação da Justiça espanhola acusa o presidente da Venezuela de colaborar em uma conexão terrorista internacional entre as duas organizações.

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O primeiro-ministro espanhol cobrou explicações da Venezuela, nesta segunda-feira, sobre as acusações de que o governo de Hugo Chávez teria cooperado com dois grupos terroristas: as Farc, da Colômbia, e o ETA, que quer a independência da região conhecida como País Basco. A reportagem é do correspondente da Rede Globo na Península Ibérica, Pedro Bassan.

Em uma visita à Alemanha, o primeiro-ministro Jose Luiz Zapatero disse que o governo espanhol vai agir de acordo com as explicações que receber da Venezuela. Uma investigação da Justiça espanhola acusa o governo de Hugo Chávez de colaborar em uma conexão terrorista internacional entre o ETA e as Farc.

O ETA reivindica a independência do País Basco, uma região que se espalha entre a Espanha e a França. Os atentados do ETA já mataram mais de 800 espanhóis.

As Farc lutam para tomar o poder na Colômbia, controlam boa parte do tráfico de drogas e sequestraram 6 mil pessoas nos últimos dez anos.

Segundo o juiz espanhol Eloy Velazco, existem indícios de que os dois grupos contam com a cooperação governamental da Venezuela.

O principal acusado é Arturo Cubillas, que seria o representante do ETA na América do Sul. Ele já teve cargos no governo da Venezuela e é casado com a diretora de gabinete de Hugo Chávez.

Segundo as autoridades espanholas, o ETA e as Farc já mantêm conversas há muito tempo. Mas esse intercâmbio terrorista só começou oficialmente em 1999, o ano da chegada de Hugo Chávez ao poder.

Juntas, as duas organizações teriam planos para matar autoridades colombianas durante visitas à Espanha. Uma dos alvos seria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

O governo da Venezuela disse que as acusações da Justiça espanhola são inaceitáveis e têm motivação política.

O embaixador da Venezuela em Madri confirmou que os ministros das Relações Exteriores dos dois países já trataram do assunto numa conversa telefônica.

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, declarou que é preciso agir com prudência e pelos canais diplomáticos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Geografia:Meio ambiente


AGROTÓXICOS USADOS POR PLANTADORES DE ARROZ CONTAMINAM DELTA, MATAM CARANGUEJOS E ASOECEM MORADORES DA REGIÃO


Durante a última reunião do Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho (Fepmat), na sede da Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego, com a participação de representantes da Procuradoria Regional do Trabalho e vários órgãos públicos estaduais e federais, a coordenadora de Controle de Agrotóxicos da Agência de Desenvolvimento Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), engenheira agrônoma Eline Chaves, fez uma denúncia muito séria, a de que alguns rizicultores (plantadores de arroz) do município de Ilha Grande estão utilizando agrotóxicos, o que provocou contaminação no Delta do Parnaíba, matando caranguejos e adoecendo filhos de agricultores.
Ela informou que, após denúncia, uma equipe formada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ouviu relatos da morte de uma pessoa, a doença de um jovem de 23 anos filho de rizicultor e coletou depoimentos dos moradores da região sobre a morte de caranguejos que cortam os pés de arroz pouco depois que nascem.
“Os caranguejos atacam os pés de arroz quando estão nascendo. Os rizicultores que plantam o arroz com matraca (equipamento que deposita as sementes em faixa mais profunda do solo que abre não enfrentam o problema dos ataques dos caranguejos, mas os que plantam lançando as sementes nos solos sofrem os ataques dos crustáceos”, afirmou Eline Chaves.
O plantio do arroz feito nas áreas dos igarapés do Delta do Parnaíba, que fica na divisa dos Estados do Piauí e do Maranhão, quando começa o período chuvoso, nos meses de novembro e dezembro.
“O levantamento feito pelos técnicos da Adapi e Ibama confirmou a contaminação pelo agrotóxico, a morte dos caranguejos e a morte de um jovem de 23 anos, filho de um rizicultor”, declarou Eline Chaves, que provocou um choque na última reunião do Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente.
Os técnicos do Ibama e da Adapi confirmaram que alguns moradores de Ilha Grande comeram cranguejos contaminados por agrotóxico.
“Eles não venderam os caranguejos. Eles comeram. Os caranguejos ficam meio tontos quando estão contaminados pelo agrotóxico”, declarou Eline Chaves.
O Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho decidiu promover vários seminários na região Norte do Piauí para esclarecer os agricultores contra o uso indiscriminado e sem controle de agrotóxicos.





ADAPI LISTA MUNICÍPIOS EM QUE AGRICULTORES FAMILIARES CORREM RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR AGROTÓXICOS

A Agência de Desenvolvimento Agropecuário produziu uma lista de municípios onde os agricultores familiares estão ameaçados com risco de contaminação por agrotóxicos.
A lista é formada pelos municípios de Barras, Piripiri, Esperantina, Batalha, Joaquim Pires, Luzilândia, Cajueiro da Praia, Parnaíba, Buriti dos Lopes e Ilha Grande.
O Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho está preocupado com a venda fracionada de agrotóxicos, compra sem o receituário agronômico, que é obrigatório e aplicação dos agroquímicos sem equipamentos de proteção como luvas, botas e outros itens.

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Geografia

Cresce o desmatamento na caatinga
Brasília - O Ministério do Meio Ambiente anunciou ontem (2) os primeiros dados do monitoramento do Bioma Brasileiro da Caatinga. De acordo com o ministro Carlos Minc, o principal fator de desmatamento da Caatinga é o energético, o uso da mata nativa para fazer lenha e carvão.
A taxa anual de desmatamento da Caatinga entre 2002 e 2008 foi de 2.763 quilômetros quadrados (km²), com emissão média de 25 milhões de toneladas de carbono. Segundo dados do ministério, a maior parte do carvão é usada em siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, no polo gesseiro e no cerâmico do Nordeste e também em pequenas indústrias que usam lenha e carvão. Outra fonte de desmatamento é a pecuária, principalmente a bovina, que está associada ao corte raso da Caatinga.
O ministro informou que, de hoje (3) até sexta-feira (5), serão discutidas, simultaneamente em Juazeiro do Norte e em Petrolina (Pernambuco), soluções para combater o desmatamento e investir no uso sustentável da Caatinga.
Entre as medidas que serão defendidas está a criação do Fundo Caatinga, proposto pelo Banco do Nordeste do Brasil, e de um fundo de combate à desertificação, proposto pelo Banco do Brasil.
A Caatinga é um ecossistema existente apenas no Brasil e abrange os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e da Bahia, além do norte de Minas Gerais, ocupando 11% do território nacional. A flora desse bioma tem 932 tipos de plantas e a fauna, 148 mamíferos e 510 aves.


fonte:jornal do meio norte

terça-feira, 2 de março de 2010

Geografia:

Em seis anos, desmatamento chega a 45% da caatinga
O desmatamento na caatinga entre 2002 e 2008 foi de 16.576 quilômetros quadrados, segundo o Ministério do Meio Ambiente. O total de caatinga desmatado saltou de 43,38% para 45,39% nesse período. A taxa anual média de desmatamento nos seis anos foi de 2.763 quilômetros quadrados. "Os números são assustadores. É muito. Isso tem de ser reduzido", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.


Da lista de dez municípios brasileiros que mais desmataram a caatinga nesses seis anos, quatro estão no Ceará (Acopiara, Tauá, Boa Viagem e Crateús), quatro na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Campo Formoso, Tucano e Mucugê) e dois de Pernambuco (Serra Talhada e São José do Belmonte). Segundo o ministério, a emissão média anual de dióxido de carbono (CO2) durante esse período, devido ao desmatamento da caatinga, foi de 25 milhões de toneladas.


Minc destacou que o desmatamento da caatinga é pulverizado, o que significa que não se concentra em uma determinada área, o que torna mais difícil combatê-lo. Entre as principais causas do desmatamento da caatinga estão o uso da mata

Geografia-Moçambique:

Medicina
Eles fazem diferença
Com criatividade, disposição para o trabalho e experiência
no atendimento às doenças típicas das regiões pobres,
os brasileiros ganham destaque na organização
Médicos Sem Fronteiras e viram referência nas missões
espalhadas pelo mundo

• Quadro: Sem fronteiras
Com 20 milhões de habitantes, Moçambique, na costa oriental da África Subsaariana, é um dos mais preocupantes focos do vírus HIV em todo o mundo. Nos grandes centros, como a capital, Maputo, ou a cidade de Tete, a aids se faz presente em toda parte. Nas ruas, é raro cruzar com pessoas mais velhas. A expectativa de vida no país é de 47 anos para os homens e de 49 para as mulheres. Ao lado de outras doenças epidêmicas, os outdoors não deixam esquecer: "O que tiveste na tua última relação sexual: amor, sexo ou HIV?". Cartazes sobre cuidados com as crianças não reforçam apenas a importância da vacinação contra as afecções típicas da infância. Num deles, na legenda da fotografia de uma garotinha acompanhada pelos pais, lê-se: "Eu já vou fazer o teste do HIV". Um em cada sete adultos moçambicanos está contaminado – o equivalente a 15% dessa população. Em algumas regiões, como a de Maputo, o índice é de um em quatro habitantes. Para se ter uma ideia do tamanho da tragédia, no Brasil, a taxa de contaminação pelo HIV é de menos de 1%. Até pouco tempo atrás, muitos moçambicanos nunca haviam ouvido falar em aids. Para eles, seus parentes e amigos morriam vítimas de alguma feitiçaria. Ainda hoje é comum que os doentes recorram aos curandeiros na esperança de cura.

Em um país dilacerado pela miséria e por quase trinta anos de guerra encerrada apenas em 1992, a precariedade do acesso aos cuidados básicos de saúde e a falta de informação sobre prevenção e tratamento compõem o cenário ideal para a disseminação do HIV. Metade dos quase 100 000 mortos pela doença todos os anos tem entre 30 e 44 anos – está na plenitude produtiva. O país padece da falta de profissionais qualificados. O número de médicos em Moçambique não ultrapassa os 500. O de curandeiros, entretanto, supera os 70 000. Por isso, a ajuda estrangeira é crucial na luta contra a aids – tanto do ponto de vista financeiro quanto da mão de obra especializada.

A primeira e maior organização humanitária a desenvolver projetos de combate ao HIV em Moçambique foi a Médicos Sem Fronteiras (MSF), em 2001. Prêmio Nobel da Paz de 1999, a MSF foi fundada em 1971, por médicos e jornalistas franceses, e hoje conta com 27 000 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, arquitetos, administradores, economistas e engenheiros. Ela atua em 65 países conflagrados ou em situação de emergência sanitária (veja o mapa). Atualmente, a equipe da MSF em Moçambique é composta de 31 profissionais – sete dos quais brasileiros. Esses médicos e enfermeiras têm um perfil ideal para o trabalho desenvolvido pela instituição, porque ainda lidam por aqui com doenças típicas de países pobres, como tuberculose, malária e leishmaniose visceral. "No Brasil, muitos médicos não apenas estudaram tais moléstias como tiveram a experiência de tratá-las", diz Simone Rocha, diretora executiva da MSF-Brasil. Soma-se a isso o traquejo dos brasileiros para atender as populações mais carentes, de baixo nível educacional. "Eles sabem como transmitir uma mensagem de jeito simples para que o paciente consiga seguir o tratamento", diz o coordenador de um dos projetos da MSF em Moçambique, o enfermeiro inglês Christopher Peskett. Moçambique não é apenas o país com o maior número de brasileiros atuando na MSF, mas é também onde o Brasil faz escola.

Um dos projetos mais bem-sucedidos é o da médica paulista Raquel Yokoda, de 29 anos. O programa desenvolvido pela jovem vem ajudando a mudar um dos cenários mais cruéis da aids em Moçambique – o das crianças portadoras do HIV. Atualmente, 147 000 meninos e meninas de até 14 anos estão contaminados. As crianças entre zero e 4 anos mortas pela aids chegam a inacreditáveis 19% de todos os óbitos registrados pela doença. Com uma ideia extremamente simples, em seis meses Raquel conseguiu reduzir a taxa de mortalidade infantil em 80% no Hospital Dia de Moatize, nos arredores da cidade de Tete, no centro do país. Ela transformou a sala de espera num lugar acolhedor para as crianças – uma espécie de brinquedoteca, decorada com motivos infantis. Com isso, ir ao médico passou a ser uma diversão para meninos e meninas que vivem em estado de miséria. Ajudada por moradores locais, Raquel adaptou histórias e jogos infantis à cultura moçambicana para explicar às crianças que elas são portadoras de uma doença que requer cuidados para toda a vida. Como o idioma oficial, o português, é falado por apenas 40% da população, as cartilhas de Raquel tiveram de ser traduzidas para o dialeto nhungue, característico da região.

Numa das histórias para as crianças de 5 anos, a aids é simbolizada pela mudança da cor do pelo dos leões. Doente, uma leoa vai atrás dos conselhos de um velho hipopótamo. O tratamento prescrito: a água de um mar vermelho, as folhas verdes das árvores e os raios de sol, todos os dias, para sempre. Ela morre, mas recomenda a seu filhote, o simpático leãozinho Bekhi, que siga à risca as orientações do sábio hipopótamo. Ele obedece e consegue crescer forte e feliz. "Os pais têm muita dificuldade para contar a seus filhos que eles são portadores do HIV, e que terão de seguir um tratamento até o fim da vida", diz Alain Kassa, coordenador-geral da missão da MSF em Moçambique. "O projeto de Raquel mudou esse processo, aumentando a participação das crianças no tratamento." As cartilhas da jovem médica servem hoje de referência em todos os países de atuação da MSF. "Nós só conseguimos fazer um bom trabalho quando entendemos e usamos a cultura local para nos aproximar dos pacientes", explica Raquel. Ela voltou para o Brasil no fim de 2007, e agora cabe à historiadora goiana Wânia Correia, de 33 anos, dar continuidade ao projeto.

Uma das grandes inspirações para Raquel foi Laura Lichade, enfermeira moçambicana de 56 anos, com quem trabalhou ao longo de sua estada na África. Durante a guerra civil, enquanto fugia de um tiroteio, Laura pisou no estilhaço de uma mina. Por causa das complicações do ferimento, em 1994, teve o pé esquerdo amputado. Apesar de todas as adversidades, ela se dedica a cuidar de 56 bebês, crianças e adolescentes órfãos. Seis deles vivem na casa de Laura, com paredes de barro e chão de terra batida. Os demais, em um orfanato próximo. Laura fez com que todos fossem testados para o HIV e recebessem o tratamento adequado. Em Moçambique, 1 milhão de crianças não têm mãe. Delas, 400 000 ficaram órfãs por causa da aids. "Costumo dizer às crianças com HIV que os remédios são como as minhas muletas, que me mantêm de pé", conta ela. "Se elas acharem que podem parar o tratamento porque estão se sentindo bem, cairão, como eu caio sem as minhas muletas."

Cerca de 70% dos moçambicanos estão nas áreas rurais. Vivem da agricultura de subsistência nas machambas, como são chamadas as pequenas propriedades agrárias. Os centros de saúde e os hospitais ficam longe e a condução de ida e volta é cara – 200 meticais, o equivalente a 12 reais. Curandeiros, por sua vez, há por toda parte. Um dos rituais mais comuns no caso de doentes graves é a tatuagem. São feitos cortes de meio centímetro de comprimento nos braços e pernas dos pacientes, e uma mistura de raízes trituradas é aplicada sobre os ferimentos. As lâminas são reutilizadas e os potes de ervas compartilhados entre várias pessoas. Ou seja, a tatuagem é fonte de disseminação do HIV.

Somente quando se dão conta de que as ervas e os banhos dos curandeiros não funcionam, os moçambicanos recorrem aos médicos. Algumas pessoas chegam a caminhar 15 quilômetros até o hospital mais próximo, muitas vezes descalças, sob temperaturas impiedosas. Ao circular pela área rural de Tete, no início de uma tarde de verão, tem-se a sensação de que há alguma queimada por perto. Mas não há vegetação em incêndio, apenas o sol que arde sobre a terra batida. Até resolver ir ao hospital, o militar aposentado Kaneti Chavunda, de 67 anos, sofreu durante quase um ano com uma tosse persistente e uma lesão dolorida nos pés e nas pernas – quadro característico do sarcoma de Kaposi, o câncer mais comum entre os soropositivos. De sua casa ao Hospital Provincial de Tete, ele viajou duas horas na boleia de um caminhão. Em 25 minutos, Chavunda recebeu o diagnóstico positivo para o HIV. Não demonstrou angústia nem desespero. Olhar parado, em voz baixa, ele comentou: "Vou fazer o que os médicos mandam". Essa é uma reação comum. Como a maioria das pessoas da zona rural, ele parecia não ter a dimensão da gravidade da notícia que acabara de receber.

Os testes rápidos de HIV e as orientações sobre prevenção e tratamento são conduzidos pelos chamados conselheiros – moradores locais treinados pela equipe da MSF. Dessa forma, os poucos enfermeiros e médicos disponíveis podem se dedicar a atividades de maior exigência técnica. Uma das enfermeiras responsáveis pela formação dos conselheiros é a paulista Eliana Arantes, de 33 anos, há nove meses em Moçambique. Um de seus parceiros de trabalho mais experientes é o local Felisberto Dindas, de 36 anos. Ele lembra com precisão a data em que entrou para a MSF, a fim de trabalhar como segurança: 23 de outubro de 2001. Naquele dia, sua vida mudaria em vários aspectos. A princípio, representava a conquista de um bom emprego. Um ano depois, Dindas foi convidado a se tornar conselheiro. "Eu tenho facilidade para me comunicar e conheço muita gente", diz, com orgulho. Foi também graças ao trabalho na MSF que ele foi diagnosticado como soropositivo. Conselheiros com o perfil de Dindas são sempre bem-vindos. Só quem tem o vírus sabe como é receber a notícia do HIV. Só quem vive em Moçambique conhece as dificuldades de seguir o tratamento. Só quem consegue conviver com a infecção, sem cair doente, é capaz de passar a importância da prevenção e do tratamento.

A precariedade do sistema de saúde em Moçambique é aterradora. Acompanhar um dia de trabalho da enfermeira paranaense Janaína Carmello é recuar meio século na história da medicina. Aos 28 anos, ela é responsável pelo atendimento a grávidas no Centro de Saúde de Domué, na zona rural do distrito de Angónia, no noroeste do país. Sua principal missão é diminuir os riscos da transmissão vertical: a contaminação do bebê por sua mãe. Em suas consultas, não há aparelho de ultrassom ou sonar. A enfermeira tem de trabalhar com a fita métrica e o estetoscópio de Pinard. A fita serve para medir a barriga da mãe e calcular a idade gestacional do feto, já que a maioria das gestantes não tem ideia de quando engravidou. Em geral, elas só procuram assistência médica no sexto mês de gravidez. O estetoscópio, desenvolvido no início do século XIX, que Janaína só conhecia dos livros de história da medicina, é usado para medir os batimentos cardíacos do feto. Janaína encosta a boca do instrumento na barriga da gestante, aproxima o ouvido na outra ponta do estetoscópio e ouve o coraçãozinho na barriga da mãe. Enquanto nos países desenvolvidos uma mãe soropositiva é desaconselhada de amamentar seu bebê, de modo a reduzir o risco de infecção da criança, em Moçambique Janaína recomenda que o aleitamento materno seja feito até os 6 meses. "Aqui, as mães não têm condições mínimas de higiene para preparar o leite artificial, ainda que você o forneça. As crianças ficam com diarreia, perdem peso, adoecem e podem até morrer", diz ela. Ainda assim, quando as mulheres soropositivas seguem o tratamento à risca, a transmissão vertical do HIV é reduzida.

É dessa forma, com pequenas vitórias, que se trava o combate contra a aids em Moçambique. Desde a chegada da MSF, o número diário de novas contaminações caiu de 500 para 440. Pode parecer pouco, mas é uma grande conquista em se tratando de um país da África Subsaariana. E os brasileiros, como Raquel, Wânia, Eliana e Janaína, fazem a diferença em um universo tão esquálido.

Fotos Gilberto Tadday
O peso de uma criança
Para que seus filhos tenham acesso aos cuidados mais elementares de saúde, nas áreas rurais de Tete, muitas mulheres têm de percorrer a pé, descalças, sob um sol inclemente, até 15 quilômetros







Resposta imediata



"Resolvi entrar para os Médicos Sem Fronteiras porque me realizo no atendimento em situações de emergência. A resposta dos pacientes, nessas ocasiões, é muito rápida.
Para um enfermeiro, que é quem cuida dos doentes mais de perto, isso é muito gratificante. Em minha primeira missão na organização, ajudei a conter um surto de cólera no Zimbábue. Agora, em Moçambique, me dedico às gestantes soropositivas, na tentativa de evitar
que elas contaminem seus bebês. É um trabalho difícil, disponho de poucos recursos. Para calcular a idade gestacional do feto, por exemplo, tenho de medir a barriga da paciente com uma fita métrica. Num cenário como esse, cada pequena conquista é motivo de orgulho."
Janaína Carmello, enfermeira obstetra



Apoio emocional



"Uma das minhas tarefas é dar continuidade ao trabalho iniciado pela médica Raquel Yokoda. Nossa intenção é estender o projeto de atendimento às crianças soropositivas a todos os centros de saúde e hospitais da capital Maputo. É importante trabalhar a questão da aids com as crianças, porque ainda hoje é muito difícil fazer com que os adultos mudem de hábitos por causa da doença. Muitos moçambicanos só agora começam a tomar conhecimento da existência do HIV."
Wânia Correia, historiadora



Profissão: mãe
"Há 25 anos, fui gravemente ferida ao pisar no estilhaço de uma mina terrestre e fiz um voto de ajudar todas as pessoas que chegassem a mim pedindo auxílio. A vida me mandou crianças órfãs. Cheguei a ter cinquenta delas em casa. Hoje consegui que um orfanato fosse construído para abrigá-las. Muitas delas perderam mãe e pai por causa da aids. Por isso, além de cuidar para que elas se alimentem bem e estudem, eu faço questão de que todas passem pelo teste de HIV e, se necessário, recebam o tratamento adequado."
Laura Lichade, enfermeira




Experiência própria

História:

Vítima da malária e do incesto
Novas análises das múmias de Tutancâmon e de outros membros
da 18ª dinastia egípcia mostram que os pais do faraó-menino eram
irmãos e que ele morreu devido a uma conjunção de enfermidades

Alexandre Salvador


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Tutancâmon, o faraó-menino, subiu ao trono com apenas 10 anos e morreu aos 19. Seu curto reinado, entre 1333 a.C. e 1324 a.C., não se conta entre os mais importantes do antigo Egito, mas nenhum outro faraó exerce tanto fascínio na imaginação moderna. O mundo ficou deslumbrado quando, em 1922, arqueólogos ingleses encontraram sua câmara mortuária intacta – e não saqueada através dos séculos, como ocorrera com as tumbas de outros figurões do império egípcio. Lá estavam a múmia de Tutancâmon e todos os objetos depositados junto a ela para ajudar o faraó a atravessar a eternidade: joias, mobiliário, armas, textos religiosos e outros itens de valor inestimável para entender melhor o Egito de 3 300 anos atrás. Agora, um estudo conduzido por pesquisadores do Egito, Itália e Alemanha, divulgado na semana passada pelo Journal of the American Medical Association, esclarece vários mistérios relacionados à vida do próprio Tutancâmon. A pesquisa traz uma série de surpresas.

A equipe analisou a múmia de Tutancâmon e as de outros dez membros da família real encontradas no Vale dos Reis, a 500 quilômetros do Cairo. Foram colhidas amostras de DNA e realizados exames de tomografia dos corpos mumificados. Devido a uma perfuração que a múmia de Tutancâmon apresenta no crânio, tinha-se como hipótese que ele fora assassinado. Nada disso. Os exames de DNA revelaram que o faraó foi vítima do parasita Plasmodium falciparum, agente responsável pela malária tropical, a forma mais letal e virulenta da doença. As tomografias confirmaram que Tutancâmon sofreu uma fratura no fêmur direito, próxima ao joelho, dias antes de sua morte. A conclusão dos cientistas é que uma infecção causada pela fratura colaborou para que o estado de saúde do faraó piorasse e ele não resistisse à malária.

O novo estudo também explica por que Tutancâmon tinha uma série de más-formações, como fenda palatina e doença de Köhler-Freiberg (veja o quadro). Na análise do grupo de onze múmias reais, descobriu-se que os pais do faraó-menino eram irmãos e que provavelmente o próprio Tutancâmon tenha se casado com uma irmã ou meia-irmã. A fragilidade do faraó talvez tenha sido uma consequência da união consanguínea de seus pais e de outros antepassados. No túmulo, junto ao corpo do faraó, foram encontrados dois fetos mumificados – é possível que sejam seus filhos, também vítimas de uma união consanguínea.

Não se sabia ao certo quem foi o pai de Tutancâmon. A análise do DNA das onze múmias permitiu aos pesquisadores traçar a genealogia de cinco gerações da 18ª dinastia do antigo Egito. Descobriu-se que o pai de Tutancâmon foi o faraó Akhenaton, que reinou de 1351 a.C. a 1334 a.C. Akhenaton foi um governante revolucionário, que abandonou a religião oficial e impôs a adoração exclusiva de um único deus, Aton. Ele também construiu uma cidade no deserto, chamada Amarna, para ser o centro do culto a Aton. Quando Tutancâmon subiu ao trono, o clero palaciano tratou de restaurar a religião tradicional. A famosa rainha Nefertiti era a esposa principal de Akhenaton. Entretanto, os pesquisadores rechaçam a ideia de que ela seria mãe de Tutancâmon. A identidade da mãe do faraó-menino, irmã de Akhenaton, ainda é um mistério.

Na tentativa de explicar a morte precoce de Tutancâmon, criaram-se vários mitos relacionados. Em muitas imagens, o faraó é retratado com traços afeminados: seios proeminentes, quadris largos e feições delicadas. Desde que a múmia foi descoberta, pesquisadores aventaram a possibilidade de que anomalias genéticas – entre elas, síndrome de Marfan, ginecomastia e síndrome de Klinefelter – explicassem tanto as formas andróginas de Tutancâmon quanto sua morte prematura. Todas elas foram descartadas pelo estudo. "Muitas das hipóteses anteriores foram levantadas por pessoas que nunca viram uma múmia de perto. Essa investigação teve acesso irrestrito às múmias, o que assegura um diagnóstico muito mais exato sobre a morte de Tutancâmon", disse a VEJA o médico e historiador americano Howard Mar-kel, da Universidade de Michigan, que assina o prefácio do estudo no Journal of the American Medical Association. Os próprios autores da pesquisa admitem que o diagnóstico para a morte de Tutancâmon não é definitivo, mas é o mais preciso que a ciência até hoje pôde cravar