domingo, 7 de março de 2010

Geografia:

Chávez pode ter cooperado com ETA e Farc
Uma investigação da Justiça espanhola acusa o presidente da Venezuela de colaborar em uma conexão terrorista internacional entre as duas organizações.

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O primeiro-ministro espanhol cobrou explicações da Venezuela, nesta segunda-feira, sobre as acusações de que o governo de Hugo Chávez teria cooperado com dois grupos terroristas: as Farc, da Colômbia, e o ETA, que quer a independência da região conhecida como País Basco. A reportagem é do correspondente da Rede Globo na Península Ibérica, Pedro Bassan.

Em uma visita à Alemanha, o primeiro-ministro Jose Luiz Zapatero disse que o governo espanhol vai agir de acordo com as explicações que receber da Venezuela. Uma investigação da Justiça espanhola acusa o governo de Hugo Chávez de colaborar em uma conexão terrorista internacional entre o ETA e as Farc.

O ETA reivindica a independência do País Basco, uma região que se espalha entre a Espanha e a França. Os atentados do ETA já mataram mais de 800 espanhóis.

As Farc lutam para tomar o poder na Colômbia, controlam boa parte do tráfico de drogas e sequestraram 6 mil pessoas nos últimos dez anos.

Segundo o juiz espanhol Eloy Velazco, existem indícios de que os dois grupos contam com a cooperação governamental da Venezuela.

O principal acusado é Arturo Cubillas, que seria o representante do ETA na América do Sul. Ele já teve cargos no governo da Venezuela e é casado com a diretora de gabinete de Hugo Chávez.

Segundo as autoridades espanholas, o ETA e as Farc já mantêm conversas há muito tempo. Mas esse intercâmbio terrorista só começou oficialmente em 1999, o ano da chegada de Hugo Chávez ao poder.

Juntas, as duas organizações teriam planos para matar autoridades colombianas durante visitas à Espanha. Uma dos alvos seria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

O governo da Venezuela disse que as acusações da Justiça espanhola são inaceitáveis e têm motivação política.

O embaixador da Venezuela em Madri confirmou que os ministros das Relações Exteriores dos dois países já trataram do assunto numa conversa telefônica.

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, declarou que é preciso agir com prudência e pelos canais diplomáticos.

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