sábado, 12 de dezembro de 2009

Buraco da camada de ozônio protege a Antártida, diz relatório

Redução da 'capa' protetora da Terra ajuda a aumentar ventos, impedindo aquecimento no continente

Carlos Orsi, enviado especial à Antártida


Pessoal da Marinha em Comandante Ferraz trabalha para limpar os efeitos da nevasca

Carlos Orsi/AE

Pessoal da Marinha em Comandante Ferraz trabalha para limpar os efeitos da nevasca

Relatório editado por um grupo internacional de cientistas sobre o estado do meio ambiente no continente antártico conclui que, nos últimos 30 anos, o buraco da camada de ozônio tem ajudado a proteger a Antártida dos piores efeitos do aquecimento global.

Isso ocorreria porque a redução da camada protetora da atmosfera na primavera do hemisfério sul aumenta a velocidade do vórtice polar, um anel de ventos que circunda a Terra na altura do paralelo 60, a mesma faixa onde começa, oficialmente, a zona antártica. Essa barreira de vento estaria isolando a Antártida pelas últimas três décadas, preservando-a dos efeitos mais danosos do aquecimento global.

Tanto o buraco da camada de ozônio quanto o aquecimento são atribuídos por cientistas à atividade humana.

A perda de ozônio é provocada pela ação dos CFCs, gases que eram muito usados em sprays e aparelhos de refrigeração até que seu efeito danoso na atmosfera foi detectado: ao destruir o ozônio, os CFCs permitem que raios ultravioleta perigosos para os seres vivos atinjam a superfície terrestre. Essas substâncias foram banidas pelo Protocolo de Montreal, assinado há mais de 20 anos. Já o aquecimento global é atribuído ao aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, que se vem intensificando desde o início da era industrial. Esses gases são emitidos principalmente pela queima de combustíveis fósseis.

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