terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Consequencia seca extremo-norte:

Seca castiga o arquipélago de Marajó (PA)
Não chove forte há mais de dois meses na região. A vegetação está bastante seca e alguns rios desapareceram.


O arquipélago do Marajó, no extremo norte do Brasil, está sofrendo as consequências da seca. Amazônia sem verde, lagoa sem água. O cenário é desolador no arquipélago do Marajó. A seca castiga principalmente os moradores do leste da Ilha. Não chove forte há mais de dois meses na região. De cima, é possível ver que a vegetação está bastante seca e que alguns rios desapareceram. Os lugares que ainda têm um pouco d'água são disputados por animais e pássaros. Em Santa Cruz do Arari, a população foi isolada pela seca. O solo rachou e as embarcações estão paradas no centro da cidade. A associação que reúne os 16 municípios do arquipélago diz que falta água potável. “Tem dificuldades de água, principalmente populações ribeirinhas, além de pouca é de péssima qualidade”, disse uma mulher. As prefeituras estão levando água para as comunidades mais distantes. Mas em uma fazenda, é o morador que tenta resolver o problema. O Marajó tem o maior rebanho de búfalos do país. São quase 300 mil cabeças. As queimadas destruíram o pouco que restava do pasto. Peões agora passam dias conduzindo a boiada em direção ao único lago da região que ainda não secou. “Na propriedade da gente não tem água, tem que procurar pra onde tem”, disse um morador. Na zona rural, muitos animais não resistiram. Os meteorologistas do Sipam, o Sistema de Proteção da Amazônia, dizem que a estiagem deste ano no arquipélago está mais intensa. “Este ano a estiagem se prolongou e a região sofre a influência do El Niño que inibe a formação de chuva”, disse Rodrigo Braga, meteorologista do Sipam.

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