sábado, 12 de dezembro de 2009


Copenhague: Para EUA, não há acordo sem emergentes

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Ambiente

Copenhague: Para EUA, não há acordo sem emergentes



Para os Estados Unidos, os países emergentes têm "papel-chave" na redução dos efeitos das emissões de dióxido de carbono (CO2) no mundo
O chefe da delegação americana na Cúpula da ONU em Copenhague sobre Mudança Climática (COP15), Todd Stern, destacou nesta sexta-feira que não haverá acordo sem a participação dos países em desenvolvimento.
Stern referia-se principalmente à China que, também nesta sexta, destacou a "obrigação legal" dos mais ricos em reparar os prejuízos causados às nações emergentes devido às emissões. O diplomata fez questão de lembrar a meta de Washington de cortar suas emissões em 17% até 2020 (na relação com 2005).
Ainda de acordo com o chefe da delegação dos EUA, é preciso "combinar a ciência com o pragmatismo para conseguir o possível" na COP-15.
Europa - Também nesta sexta, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defenderam que a União Europeia (UE) corte suas emissões em 30% ao longo da próxima década, tomando por base os níveis de 1990. Os países do bloco já se comprometeram com uma redução de 20% nas emissões até 2020, que pode subir para 30% caso os países em desenvolvimento façam ofertas similares nas conversas em Copenhage
Brown e Sarkozy realizaram entrevista coletiva conjunta em Bruxelas. O primeiro-ministro britânico também afirmou que os dois países oferecerão 1,5 bilhão de libras, ao longo dos próximos três anos, para um fundo de combate às mudanças climáticas.
Protocolo de Copenhague - O grupo de trabalho da ONU vai propor a criação do Protocolo de Copenhague. Se for aprovado pelos 192 países ao término das negociações, o documento - que não tem nome oficial - complementará o Protocolo de Kyoto, sem extingui-lo. O novo tratado deve reunir os países em desenvolvimento, como Brasil e China, além dos Estados Unidos (que não entraram no Protocolo de Kyoto).
A proposição busca incluir os americanos em um acordo para que passem a adotar metas de redução das emissões de CO2, assim como os demais países industrializados. "Queremos um texto robusto, com metas e clareza no financiamento. Se tivermos isso, teremos um protocolo", disse o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo, vice-presidente do grupo de trabalho do LCA (países em desenvolvimento e EUA) e redator do texto.

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