sábado, 19 de dezembro de 2009

Usinas hidreletricas:


Energia hidrelétrica
Uma das principais fontes de energia elétrica, ou eletrecidade, são as usinas hidrelétricas, que aproveitam os desníveis existentes nos rios.
No Brasil, 93 usinas produzem 91% da energia elétrica consumida no país. Não é pra menos, pois o Brasil é o mais rico do mundo em rios, concentrando 8% da água doce da superfície terrestre.
nas usinas hidrelétricas, a água cai de reservatórios e move enormes pás que fazem funcionar as turbinas. Vem daí a energia elétrica que abastece nossas casas.
O que é uma usina hidrelétrica, e como funciona
Uma usina hidrelétrica pode ser definida como um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento do potencial hidráulico existente num rio. O potencial hidráulico é proporcionado pela vazão hidráulica e pela concentração dos desníveis existentes ao longo do curso de um rio. Isto pode ser dar de uma forma natural, quando o desnível está concentrado numa cachoeira, através de uma barragem, quando pequenos desníveis são concentrados na altura da barragem, ou através de desvio do rio de seu leito natural, concentrando-se os pequenos desníveis nesse desvios. Basicamente, uma usina hidrelétrica compõe-se das seguintes partes: barragem, sistemas de captação e adução de água, casa de força e sistema de restituição de água ao letio natrual do rio. Cada parte se constitui em um conjunto de obras e instalações projetadas harmoniosamente para operar eficientemente em conjunto: Como Funciona A água captada no lago formado pela barragem é conduzida até a casa de força através de canais, túneis e/ou condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, na casa de força, a água é restituida ao leito natural do rio, através do canal de fuga.
Dessa forma, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica quando a água passa pela turbina, fazendo com que esta gire, e, no gerador, que tambem gira acoplado mecanicamente à turbina, a potência mecânica é transformada em potência elétrica.
A energia assim gerada é levada através de cabos ou barras condutoras, dos terminais do gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para adequada condução, através de linhas de transmissão, até os centros de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para utilização pelos consumidores.


A hidreletricidade no Brasil
O marco da energia elétrica no Brasil aconteceu em 1889, com a inaguração da usina hidrelétrica denominada Marmelos, no Rio Paraibuna, Município de Juiz de Fora, MG. Até a primeira década deste século a iluminação atendia aos serviços públicos e a algumas atividades econômicas importantes daquela época, como a tecelagem.
A partir de 1920 o Brasil foi tendo o seu número de usinas hidrelétricas instaladas aumentado, num crescimento constante. As usinas construídas pelos grupos estrangeiros passaram a contar com uma capacidade bem maior, em comparação àquelas da virada do século. Neste período a hidreletricidade já predominava na região sudeste.
A partir de 1960, iniciaram-se as negociações sobre aquela que seria a maior usina em operação do mundo: Itaipu Binacional. Em 1978 foi a aberto o canal de desvio do Rio Paraná, que permitiu secar o leito original para a construção no local da barragem principal, em concreto.
Esta usina hidrelétrica é um empreendimento binacional desenvolvido pelo Brasil e pelo Paraguai no Rio Paraná, tendo uma potência instalada de 12.600 MW (megawatts), com 18 unidades geradoras de 700 MW cada. A décima oitava e última unidade geradora entrou em fase de produção comercial de energia, em abril de 1991.

Vantagens
A maior vantagem das usinas hidrelétrica é a transformação limpa do recurso energético natural. Não há resíduos poluentes e há baixo custo da geração de energia, já que o principal insumo energético, a água do rio, está inserida à usina.
Além da geração de energia elétrica, o aproveitamento hidrelétrico proporciona outros usos tais como irrigação, navegação e amortecimentos de cheias.
Hidrelétricas :: Crise com fartura

Brasil tem alternativas; só precisa aproveitá-las plenamente


Nenhum país do mundo se compara ao Brasil em termos de limpeza e segurança das fontes energéticas que utiliza. O país deve esse privilégio ao aproveitamento dos rios capazes de gerar praticamente toda a eletricidade de que precisa. Nos últimos anos, porém, faltou investimento para a energia e os resultados foram apagões, tarifaços e grave crise econômica.

Aparentemente, não há risco de entrarmos pelo atalho buscado pelo governo americano, que tenta ressuscitar a energia atômica. Mesmo porque os reatores que temos, nas usinas de Angra 1 e Angra 2, nunca funcionaram bem. Juntos, Angra 1 e 2 produzem apenas 2 mil megawatts, o equivalente a uma pequena hidrelétrica.





A opção, aqui, tem sido descartar as hidrelétricas em favor das termoelétricas a gás natural – que não polui tanto quanto o petróleo, mas também emporcalha o ambiente com resíduos indesejáveis, especialmente resíduos que intensificam o efeito estufa. O número de termoelétricas cresceu ao longo da década de 90 e a energia gerada por elas (em relação à eletricidade total produzida no país) passou de praticamente zero, em 1990, para cerca de 10%, atualmente. Os 90% restantes ainda são supridos pelos rios, mas a tendência é perderem terreno para o gás natural.

Há dois motivos básicos para essa mudança. O primeiro foi a excessiva concentração das indústrias no Sudeste, o que levou, historicamente, a uma superexploração das bacias hídricas da região. Já não há tanta água corrente disponível para girar as turbinas. O segundo motivo, mais grave, é que o governo preferiu resolver esse problema da maneira mais simples: cortou os investimentos nas hidrelétricas e, para compensar, apostou na construção de termoelétricas por parte da iniciativa privada.


Dinossauro
Hidrelétricas gigantes, como Itaipu, tiveram seu tempo, mas a evolução energética pede usinas pequenas, menos prejudiciais aos ecossistemas

Água de sobras
Essa solução está longe de ser a ideal. Ela pode ser conveniente para o governo. Foi assim, por exemplo, que o gás natural se expandiu nos Estados Unidos, onde o objetivo era reduzir o número de termoelétricas tocadas a carvão e derivados de petróleo. A troca foi feita por meio de privatizações, tal como se pretende fazer no Brasil. Mas nem lá esse modelo funcionou direito – as empresas não compensaram os investimentos que o governo deixou de fazer e o resultado é a carência de energia que os americanos enfrentam agora. No Brasil, a troca faz menos sentido ainda.

Antes de mais nada, porque ainda há muita água para girar turbinas por aqui. As estimativas indicam que a produção de eletricidade hídrica pode aumentar em pelo menos 50% – passando de 300 milhões de megawatts-hora para próximo de 500 milhões de megawatts-hora. Seria o equivalente a elevar o número atual de barragens, de cerca de 600 para 900. Mas o mais inteligente não é insistir em usinas gigantes, estilo Itaipu, Xingó e outras obras, como tem sido o modelo preferencial no Brasil, até hoje. As represas muito grandes inundam vastos ecossistemas e provocam desequilíbrios ecológicos irremediáveis. A melhor solução seria construir hidrelétricas menores, mas em quantidade, espalhadas por todo o país. Existe tecnologia, atualmente, para se explorar o potencial de rios relativamente pequenos para suprir a demanda das áreas vizinhas. O impacto ambiental seria muito menos agressivo e o investimento na construção das centrais, menos salgado para o bolso dos investidores, sejam empresas ou o próprio governo.

Além disso, o Brasil tem condições ótimas para a produção de energia a partir de fontes alternativas como o vento, as marés e o sol. Essas opções poderiam ser utilizadas de forma mais conveniente, compondo um mosaico de fontes novas, limpas e seguras de energia. A força do ar no litoral brasileiro, por exemplo, seria suficiente para tocar 1.600 usinas eólicas, afirma um estudo recente do Ministério da Ciência e Tecnologia. Cada turbina dessas geraria 600 quilowatts-hora por ano. Não é muito – seria preciso multiplicar essa produção por 1.000 para torná-la significativa. O mesmo vale para as energias solar, das marés e até da biomassa – por exemplo, o aproveitamento de álcool de plantas, como a cana ou a mandioca, ou de óleos vegetais, como o dendê. Há diversos protótipos em testes. Entre eles, fez sucesso uma perua tocada a óleo de cozinha usado, criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, exibida em 2001.

Essas alternativas ainda não são viáveis: precisam ainda de muita pesquisa, o que exige recursos e vontade de mudar. No momento, essa é a nossa maior carência. Recursos temos de sobra.

Comparação das fontes de energia

Hidrelétrica
Vantagens: É barata e relativamente farta no Brasil
Desvantagens: A construção da usina tem alto impacto ambiental

Gás Natural
Vantagens: Não contribui tanto para o aquecimento da Terra comparado ao petróleo
Desvantagens: Usina e preço da energia são ainda mais caras que a hidrelétrica

Nuclear
Vantagens: Baixíssimo impacto ambiental (se não houver acidente)
Desvantagens: É a energia mais cara de todas; traz risco de acidentes graves e de efeitos prolongados

Eólica
Vantagens: Não causa impacto no ambiente; custo ligeiramente maior que o da hidrelétrica
Desvantagens: Só pode ser instalada onde há vento forte e constante

Solar
Vantagens: Inofensiva ao ambiente e inesgotável
Desvantagens: É ainda mais cara que a eólica e exige insolação intensa

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