terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cancer de esofago:




Câncer de Esôfago:


Câncer de Esôfago

O esôfago é um tubo músculomembranoso, longo e delgado, que comunica a garganta ao estômago. Ele permite a passagem do alimento ou líquido ingerido até o interior do sistema digestivo, através de contrações musculares. O câncer de esôfago mais freqüente é o carcinoma epidermóide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo de câncer de esôfago, o adenocarcinoma, vem tendo um aumento significativo principalmente em indivíduos com esôfago de Barrett, quando há crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago.
Epidemiologia
O câncer de esôfago apresenta uma alta taxa de incidência em países como a China, Japão, Cingapura e Porto Rico. No Brasil, consta entre os dez mais incidentes, segundo dados obtidos dos Registros de Base Populacional existentes, e em 2000 foi o sexto tipo mais mortal, com 5.307 óbitos.
De acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, devem ocorrer cerca de 10.580 casos novos deste câncer (7.970 entre os homens e 2.610 entre as mulheres) este ano.
Fatores de Risco
O câncer de esôfago está associado ao alto consumo de bebidas alcóolicas e de produtos derivados do tabaco (tabagismo). Outras condições que podem ser predisponentes para a maior incidência deste tumor são a tilose (espeçamento nas palmas das mãos e na planta dos pés), a acalasia, o esôfago de Barrett, lesões cáusticas no esôfago, Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro), agentes infecciosos (papiloma vírus - HPV) e história pessoal de câncer de cabeça e pescoço ou pulmão.
Prevenção
Para prevenir o câncer de esôfago é importante adotar uma dieta rica em frutas e legumes, e evitar o consumo freqüente de bebidas quentes, alimentos defumados, bebidas alcóolicas e produtos derivados do tabaco.
Detecção Precoce
A detecção precoce do câncer de esôfago torna-se muito difícil, pois essa doença não apresenta sintomas específicos. Indivíduos que sofrem de acalasia, tílose, refluxo gastro-esofageano, síndrome de Plummer-Vinson e esôfago de Barrett possuem mais chances de desenvolver o tumor, e por isso devem procurar o médico regularmente para a realização de exames.
Sintomas
O câncer de esôfago na sua fase inicial não apresenta sintomas. Porém, alguns sintomas são característicos como a dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal, dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite. Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) já demonstra a doença em estado avançado. A disfagia progride geralmente de alimentos sólidos até alimentos pastosos e líquidos. A perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva, de estudos citológicos e de métodos com colorações especiais (azul de toluidina e lugol) para que seja possível se fazer o diagnóstico precoce, fazendo com que as chances de cura atinjam 98%. Na presença de disfagia para alimentos sólidos é necessária a realização de um estudo radiológico contrastado, e também de uma endoscopia com biópsia ou citologia para confirmação. A extensão da doença é muito importante em função do prognóstico, já que esta tem uma agressividade biológica devido ao fato do esôfago não possuir serosa e, com isto, haver infiltração local das estruturas adjacentes, disseminação linfática, causando metástases hematogênicas com grande freqüência.
Tratamento
O paciente pode receber como formas de tratamento a cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou a combinação destes três tipos. Para os tumores iniciais pode ser indicada a ressecção endoscópia, no entanto este tipo de tratamento é bastante raro.
Na maioria dos casos, a cirurgia é o tratamento utilizado. Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode passar a ser unicamente paliativo, através de quimioterapia ou radioterapia.
Nos casos de cuidados paliativos, também dispõe-se de dilatações com endoscopia, colocação de próteses auto-expansivas, assim como uso da braquiterapia.

O esôfago é um tubo com cerca de 30 cm de comprimento, que conecta a garganta ao estômago. Com pequenas contrações musculares, as paredes do esôfago transportam o alimento ingerido até o estômago.
A incidência de câncer de esôfago é rara; representa aproximadamente 2% de todos os tumores malignos, afetando igualmente homens e mulheres, a partir dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de esôfago está entre os tumores com crescimento mais rápido e, na maioria dos casos, quando diagnosticado, já começou a disseminar células cancerosas para os gânglios linfáticos.
Há vários linfonodos vizinhos ao esôfago em toda a sua extensão, o que facilita a propagação do tumor através da rede linfática, invadindo a pleura, a traquéia, os brônquios, o pericárdio e a aorta, tornando a sua cura muito difícil.
Fatores de risco
As causas do câncer de esôfago ainda não são conhecidas, mas as pesquisas apontam para alguns fatores de risco relacionados à sua incidência:
- fumo; - abuso de bebidas alcoólicas; - ingestão de alimentos e bebidas excessivamente quentes.
Sinais e sintomas
O principal sintoma de câncer de esôfago é a disfagia (dificuldade para engolir). Inicialmente o paciente tem dificuldade de deglutir alimentos sólidos. Em seguida, de pastosos e, finalmente, de líquidos. Conseqüentemente, grande parte dos pacientes perde peso, apresentando, muitas vezes, anemia e desidratação.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico definitivo de câncer de esôfago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é feita durante uma endoscopia, procedimento que é realizado pelo médico, que introduz pela boca do paciente um tubo fino, contendo um telescópio na extremidade que desce pelo tubo esofágico.
Com este aparelho, o médico é capaz de visualizar a parede do esôfago e colher uma pequena amostra de tecido para ser examinada pelo patologista, à luz do microscópio.
Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o médico solicitará outros exames, tais como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos.
O diagnóstico, freqüentemente, é tardio, uma vez que os sintomas surgem quando o tumor já atingiu proporções maiores.
Tratamentos
O estágio da doença é o fator que determinará o tipo de tratamento a ser aplicado.Ou seja, vai depender de quanto o câncer evoluiu.
Cirurgia - é o método de tratamento mais indicado quando o tumor está restrito ao esôfago.
Radioterapia - costuma ser a opção de tratamento quando o tumor não pode ser completamente extraído. Pode também ser empregada para diminuir o seu tamanho, para controlar seu crescimento e, também, para aliviar dores e sangramentos.
Quimioterapia - até o momento, os quimioterápicos para combater o câncer de esôfago não têm apresentado resultados satisfatórios, na maioria dos casos. Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas, já conhecidas.
Se o seu médico considerar que o seu caso pode ser elegível para uma das pesquisas clínicas em andamento, ele irá conversar sobre os riscos e benefícios que você poderá obter com eles.


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