segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

05/11/09 - 16h09 - Atualizado em 05/11/09 - 16h09

Vírus se multiplicam em lago da Antártida, revela estudo

Grupo detectou mudanças de DNA com tempo quente.
Pesquisas na área ainda são incipientes.


Foto: Lopez-Bueno/Science

Campo não permanente de pesquisas espanhol na Península Byers, Ilha Livingston, Antártida (Foto: Lopez-Bueno/Science)

Uma nova pesquisa publicada na “Science” mostra que lagos antárticos abrigam uma vicejante comunidade de vírus com uma ecologia muito específica, capaz de dar conta das condições sazonais extremas. Cientistas já identificaram uma grande variedade de bactérias, assim como micro-organismos, musgo e uma pequena variedade de crustáceos. Mas o estudo sobre esses vírus em lagos e outros sistemas aquáticos está ainda engatinhando.

Alberto López-Bueno, do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Madri, e colegas de várias instituições acadêmicas colheram amostras do Lago Limnopolar, na ilha antártica de Livingston, e conduziram um estudo “metagenômico”, sequenciando os genes de múltiplos vírus na água.

Eles verificaram uma mudança de padrão no DNA dos vírus após o derretimento de gelo durante o verão, provavelmente, em parte, por causa da multiplicação de algas, seus hóspedes. Vírus diversos ‘doam’ genes especializados que organismos hospedeiros podem explorar a fim de auxiliar sua sobrevivência sob condições ambientais mutantes. O artigo “High Diversity of a Viral Community from an Antarctic Lake” sai na edição desta semana da revista “Science”.

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