terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cancer estomago:

Câncer de estômago
O câncer de estômago, embora muito menos comum do que as outras causas de indigestão, é uma doença extremamente perigosa que deve ser diagnosticada logo no seu início para que o tratamento possa ser bem-sucedido.
Na realidade, o câncer se desenvolve em células da parede interna do estômago chamadas células glandulares. Quando não tratado, o câncer pode-se espalhar de forma a envolver toda a parede do estômago e, por via da corrente sangüínea, o fígado. Todo esse processo pode ocorrer com relativa rapidez e essa é a razão porque a doença é tão difícil de tratar, a não ser que tenha sido detectada no seu início.
Embora as pessoas possam consultar o médico por causada dor em queimadura na parte alta do abdômen (semelhante à causada pela úlcera péptica), o câncer mais comumente causa uma dor mais profunda e a pessoa pode chegar a recusar comida e sentir-se estufada mesmo após refeições muito pequenas. Como conseqüência da perda de apetite, a perda de peso é comum. A combinação desses sintomas deve sempre ser tomada seriamente e sempre, também, ser submetida à análise de um médico.
Causas do câncer de estômago
A causa real do câncer de estômago não é conhecida e ela pode ser o resultado de uma série de fatores. Não há nenhuma prova segura de que haja um componente genético e é mais provável que o câncer de estômago seja causado por fatores ambientais. Certamente o câncer de estômago é mais comum no Extremo Oriente do que na Europa, e isso pode ser causado, entre outras coisas, por diferenças nas dietas dessas duas populações.
É sabido que os descendentes de imigrantes japoneses para o Ocidente têm o mesmo índice de câncer de estômago que os ocidentais, o que acentua o peso dos fatores ambientais sobre os genéticos. Alguns cientistas acreditam que uma infecção pelo H.pylori de longa duração pode ser uma causa ambiental importante do câncer gástrico, mas isso ainda é muito controvertido.
Mesmo que a infecção pelo H.pylori fosse importante, não há nenhuma prova de que a erradicação leve a uma diminuição dos riscos de um câncer gástrico. Atualmente, as autoridades médicas do Reino Unido e dos Estados Unidos não recomendam o tratamento para esse propósito, embora essa posição possa mudar no futuro. Felizmente, a incidência de câncer do estômago está diminuindo na Europa e no Ocidente, embora isso permaneça inexplicado.
De modo geral, o câncer de estômago é uma doença da meia-idade e das pessoas idosas, embora possa aparecer, raramente, em pessoas abaixo dos 40 anos.
Como ele é diagnosticado?
Normalmente o diagnóstico é feito quando se realiza um exame endoscópico, embora o câncer possa ser diagnosticado com um exame de raio-X com bário. Como os tratamentos disponíveis só são eficientes se a doença é detectada logo no seu início, qualquer um que tenha indigestão e um dos sintomas "sinistros" de perda de apetite e perda de peso, deve se submeter a uma investigação completa. Como o câncer de estômago é mais comum em pessoas acima de 40 anos, é sempre uma boa idéia uma investigação completa para pessoas nessa faixa etária que tenham indigestão pela primeira vez, com ou sem os sintomas sinistros.
Há uma cura?
O único tratamento curativo é uma cirurgia para remover o estômago e todo o câncer. Isto é mais eficiente quando a doença está em seus primeiros estágios, daí a necessidade de um diagnóstico precoce e a importância de se levar a sério os sintomas de perda de peso e de sentir-se estufado após uma pequena refeição.
Algumas vezes o cirurgião consegue deixar uma pequena parte do estômago no lugar, mas se isso não for possível, após a operação o alimento passa diretamente do esôfago para o intestino delgado. Isto significa que a pessoa vai ter de comer pouco de cada vez e mais freqüentemente e, de modo geral, vai necessitar de suplementos alimentares porque a digestão estará prejudicada.
Se o câncer for pequeno e o cirurgião puder removê-lo por inteiro, a possibilidade de uma cura duradoura é muito boa, mas se a doença já estava muito avançada por ocasião do diagnóstico, a cirurgia não é possível. Na verdade, se a cirurgia não for possível ou não tiver sucesso, as outras formas de tratamento dificilmente resultarão em uma cura. As outras formas de tratamento, como a quimioterapia e a terapia por laser podem ter um papel de grande valor no controle de sintomas desagradáveis e podem prolongar a vida consideravelmente.
Conclusões
Como o tratamento para o câncer de estômago em estágio avançado é sempre insatisfatório, é muito importante fazer-se o diagnóstico bem cedo, no início da doença. Perda de peso, perda de apetite e novos sintomas em alguém com mais de 40 anos podem ser sinais de início de um câncer de estômago, uma consulta médica se torna obrigatória para uma avaliação cuidadosa.
No futuro, quando a causa da doença for melhor conhecida, a ênfase será dada aos aspectos preventivos, mas atualmente os esforços estão concentrados em melhorar a eficácia dos tratamentos não cirúrgicos como a quimioterapia.
Pontos para serem lembrados
O objetivo deste site é ajudá-lo a entender as causas da indigestão de forma que você tenha confiança ao se decidir da forma mais adequada. A questão mais importante quando você mesmo está procurando aliviar os seus sintomas é saber até que ponto a opinião de um especialista seria necessária para afastar a possibilidade de alguma outra doença de conseqüências mais sérias. Ao longo de todo o site nós tentamos por em destaque aqueles sintomas " sinistros" que devem sempre requerer a opinião de um médico.
Perda de peso.
Perda de apetite.
Dificuldade em engolir.
Vomitar sangue ou um material que se pareça com borra de café.
Ter sangue alterado nas fezes - isto faz com que elas pareças pretas e pastosas.
Indigestão quando você está tomando antiinflamatórios não-esteróides.
A indigestão sem esses sintomas sinistros pode muito bem ser tratada em casa, em primeiro lugar tomando-se algumas medidas para se mudar o estilo de vida: parar de fumar, perder peso e seguir uma dieta mais saudável.
Se essas medidas não forem suficientes, o passo seguinte é tomar algum antiácido. O melhor conselho inicial sobre o uso dos antiácidos pode ser obtido com o farmacêutico de sua confiança.
Se essas medidas simples aliviarem os seus sintomas, então não será necessária a consulta com um médico, mas se os sintomas permanecerem mesmo após um tratamento de duas semanas ou se você tem mais de 40 anos e os sintomas aparecem pela primeira vez em sua vida, então o aconselhamento médico torna-se necessário.

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