sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Brasil(Maior cinturão verde)

Chuva interfere na produção de verduras em SP
Mogi das Cruzes, responsável por boa parte da produção nacional está com vários pontos alagados por causa da abertura parcial das represas na região. prejuízo para os produtores rurais e consumidores.

João Gabriel Bressan - Mogi das Cruzes, SP
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Alface, escarola, almeirão. Tudo ficou debaixo da água em Mogi das Cruzes, na grande São Paulo.

“Em quantidade de verdura é 240 mil pés de alface que eu deixei de entregar para os clientes", contabiliza Donizete dos Santos, agricultor.

Mais da metade da área já estava plantada, mas quando o nível do rio Tietê subiu de repente, quase nada se salvou. Olha só o que aconteceu: 24 mil pés de hortaliças derreteram na água.

O cenário de devastação é reflexo da chuvarada dos últimos dias e da cheia nas represas. As barragens que abastecem três milhões de pessoas de parte da região metropolitana e na zona leste da capital suportam até cinco bilhões de litros de água.

Todas estão acima da média e precisaram abrir parcialmente as comportas para liberar o excesso de água.

Juntas, as represas despejam 16 mil litros de água por segundo, o que daria para encher uma piscina olímpica a cada dois minutos. O rio Tietê que recebe toda essa água transborda e inunda as plantações que ficam às margens.

Na região que é responsável por 15% das hortaliças cultivadas no país, o que não foi atingido pela cheia, não dá mais para aproveitar: quase três mil pés de almeirão vão para o lixo porque as raízes apodreceram.

Em Biritiba Mirim o agricultor Paulo Shintate perdeu 60% dos dez mil pés de vários tipos de verdura. “Nessa época do verão o consumo é bem maior de saladas e hortaliças e a gente não tem o que mandar para o mercado porque a gente não tem condições de produzir".

Sempre que acontecem problemas assim, o consumidor já sabe: com menos oferta, o preço sobe.

A Ceagesp, Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, confirma que as hortaliças estão 11% mais caras.

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