terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tensão toma conta das economias argentina e venezuelana
O dia foi ruim para os presidentes da Argentina e da Venezuela. C.Kirchner e H.Chavez estão envolvidos em tumultos políticos e sociais causados pela intervenção governamental direta na economia.

Carlos de Lannoy
Buenos Aires, Argentina
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Mais um dia de longas filas no comércio. Consumidores promoveram uma correria às compras antes que os preços subam para acompanhar a mega desvalorização do bolívar, anunciada na sexta por Hugo Chavez.

Chávez criou dois tipos de câmbio: o dólar a 2,60 bolívares será utilizado para a importação de alimentos e produtos básicos. Para todo o resto, valerá o dólar a 4, 30 bolivares, uma cotação menos distante da realidade do mercado de câmbio, onde o dólar podia valer até seis bolivares.

"Não tenho alternativa", disse uma mulher. "Temos que fazer fila porque amanhã não vai dar para comprar nada, tudo vai custar o dobro do preço", concluiu.

Consumidores com medo da inflação, empresários com medo do exército.

Hugo Chavez deu ordens para que soldados fiscalizem comerciantes que praticarem aumentos abusivos. Em poucas horas, 70 lojas e supermercados foram fechados pelo prazo de 24 horas.

"Se quiserem especular que especulem", ameaçou no domingo o presidente Chavez. "Nós vamos tirar o negócio desses especuladores e entregá-los aos trabalhadores".

Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner continua sendo impedida pela Justiça de utilizar recursos do Banco Central para honrar compromissos do governo. Segundo analistas, a crise política que envolve os três poderes terá impacto nos investimentos e mergulhou a Argentina em um clima de incerteza.

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